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Operação ‘Diamante de vidro’ cumpre 117 mandados todo estado, incluindo Paracatu

Operação ‘Diamante de vidro’ cumpre 117 mandados todo estado, incluindo Paracatu

Ação realizada pelo Gaeco e pelas polícias Civil e Militar nesta terça-feira (17) tem mandados de prisão, de busca e apreensão, além de indisponibilidade de bens e de patrimônio de até R$ 13 milhões. Objetivo é o enfrentamento qualificado ao tráfico de drogas, corrupção, homicídios, extorsões, roubos, receptações, estelionatos e lavagem de dinheiro.

A Operação “Diamante de vidro” deu início ao cumprimento de 117 mandados de prisão, de busca e apreensão, de indisponibilidade de imóveis e de sequestro de veículos, nesta terça-feira (17), em Uberlândia, Araguari, Tupaciguara, Paracatu, Córrego Danta (Centro-Oeste de Minas), Jaíba (Norte de Minas), e em São Paulo (SP). A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia em conjunto com as polícias Civil e Militar.

Ao todo, a Justiça de Uberlândia expediu 46 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de prisão preventiva, além de indisponibilidade de 14 imóveis e sequestro de 27 veículos e 2 embarcações náuticas. A indisponibilidade de bens e de patrimônio dos alvos investigados decretada pelo Poder Judiciário é de até R$ 13 milhões.

Operação 'Diamante de vidro' realizada neste terça-feira (17) — Foto: Gaeco/Divulgação

Operação ‘Diamante de vidro’ realizada neste terça-feira (17) — Foto: Gaeco/Divulgação

De acordo com o Gaeco, a Operação é voltada ao enfrentamento qualificado ao tráfico de drogas, corrupção, homicídios, extorsões, roubos, receptações, estelionatos e lavagem de dinheiro. Além de outros crimes apurados em mais de 21 inquéritos policiais, cujas investigações conjuntas ocorrem há mais de um ano por meio de uma força-tarefa integrada.

A ação foi denominada “Diamante de vidro” em referência ao início das investigações, que ocorreu da prisão de três suspeitos de estarem negociando diamantes em Uberlândia, em junho de 2020. Mas, no decorrer das apurações, foi verificado que o material apreendido não se tratava dessa pedra preciosa.



A operação nesta terça contou participação de 3 promotores de Justiça mineiros, 100 policiais Civis e 100 policiais Militares de Minas Gerais, assim como com o apoio da Polícia Civil de São Paulo e da unidade regional do Gaeco de Paracatu. Também foram empregadas na ação, 2 aeronaves, uma da Polícia Civil e outra da Polícia Militar de Minas Gerais.

Aeronave da Polícia Civil deu apoio à Operação 'Diamante de vidro' nesta terça-feira (17) — Foto: Gaeco/Divulgação

Aeronave da Polícia Civil deu apoio à Operação ‘Diamante de vidro’ nesta terça-feira (17) — Foto: Gaeco/Divulgação

Balanço



Até a última atualização dessa reportagem, 13 pessoas foram presas, entre elas um policial militar. Apenas em uma residência, alvo da operação, foram apreendidos R$ 100 mil em espécie.

Conforme o balanço da força-tarefa, durante a manhã desta terça-feira, foram realizadas 8 prisões preventivas decretadas pela Justiça, outras 3 prisões em flagrante, apreensão de 2 lanchas de luxo, 1 arma calibre 38, mais de R$ 120 mil em espécie, e mais de 20 veículos. As policias e o Gaeco ainda trabalham para realizar as outras prisões e apreensões.



“Além das prisões, tivemos a descapitalização do crime organizado em Uberlândia com as apreensões dos veículos e indisponibilidade de imóveis”, explicou o delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito Brandão.

Carro apreendido durante a Operação 'Diamente de Vidro' — Foto: Gaeco/Divulgação

Carro apreendido durante a Operação ‘Diamente de Vidro’ — Foto: Gaeco/Divulgação

Investigações



Conforme o Gaeco, as equipes investigativas constataram que os indivíduos atuavam de forma organizada e coordenada, na condição de integrantes de uma estruturada organização criminosa. O propósito principal tráfico de drogas, corrupção, homicídios, extorsões, roubos, receptações e estelionatos. Além de lavagem de dinheiro executada das mais diversas formas para ocultar os lucros ilícitos das atividades criminosas.

Pelo menos 46 integrantes deste grupo já foram identificados até o momento pelas apurações realizadas em conjunto entra as polícias Civil e Militar e o Gaeco de Uberlândia.

“Uberlândia é localizada geograficamente em um ponto que facilita muito o fluxo de criminosos. Essa organização criminosa escolheu Uberlândia para acessar Minas Gerais”, afirmou o promotor do Gaeco de Uberlândia, Thiago Ferraz de Oliveira.



Alvo principal foragido

Carro apreendido na Operação 'Diamente de Vidro'  — Foto: Gaeco/Divulgação

Carro apreendido na Operação ‘Diamente de Vidro’ — Foto: Gaeco/Divulgação

De acordo com as investigações, o principal alvo da operação é um agiota que mantinha empresas e comércios de veículos com traficantes da região de Uberlândia. Ele era um dos principais articuladores da organização criminosa e o intelecto em crimes premeditados do grupo.



“Ele trabalhava como uma verdadeira engrenagem da criminalidade na cidade. Esse alvo, há mais de 5 anos, funcionava como um banqueiro do crime. Ele financiava criminosos e as atividades ilícitas com bens materiais e com dinheiro. Ele atuava em todos os ramos de criminalidade”, afirmou o delegado da Polícia Civil Daniel Azevedo.

Esse alvo, segundo a Polícia Civil, pretendia transferir negócios para São Paulo, onde tem um apartamento de luxo na região de Barra Funda. “O alvo principal é de Uberlândia e estava tentando mudar o ramo de operação, utilizando o dinheiro de atividades criminosas para atividades lícitas em São Paulo, onde ele não é conhecido pela polícia. Mas conseguimos impedir essa migração.”

O imóvel foi bloqueado pela Justiça e mandados de busca e apreensão foram cumpridos no local. “Encontramos resquícios de drogas e diversos documentos que confirmam que o apartamento de alto valor é de fato do alvo. Ele e a esposa não foram encontrados lá. Ambos têm mandados de prisão preventiva contra eles e estão foragidos”, explicou Azevedo.



Conforme o delegado, o nome desse alvo e da esposa serão lançados na lista vermelha da Interpol, porque eles podem tentar fugir para outros países.

G1



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