Meteoro com brilho de 3 segundos é visto em Patos a 30 mil km/h
Registro foi feito pelo Observatório IDS Meteor no dia 25 de julho. O bólido com forte brilho se desfez antes de chegar à superfície da Terra e durou apenas 3 segundos.
Um meteoro do tamanho de uma laranja e em uma velocidade de 30 mil km/h, foi visto de Patos de Minas, na última quinta-feira (25). O bólido com alto brilho durou cerca de 3 segundos, mas pode ser visto de forma mais lenta no vídeo acima.
“Esse é um fenômeno comum. A diferença é que devido ao tamanho do meteoro [ser maior do que o comum], ele conseguiu entrar na atmosfera da Terra com mais energia e, consequentemente, emitindo esse grande brilho”, explicou o físico Marcelo Domingues, da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon).
Segundo Marcelo, um meteoro comum costuma ser do tamanho de um grão de arroz. O bólido que passou por Patos de Minas foi registrado pela estação de monitoramento “Observatório IDS Meteor”, que faz parte da Bramon, e se desfez antes de chegar à superfície da Terra.
Por trás das câmeras que capturaram o momento está o amante da astronomia Ivan Soares, que desde 2017 se dedica aos registros dos fenômenos que passam pela cidade mineira.
“Ao que tudo indica, esse bólido era um meteoro que estava vagando pelo espaço e entrou na nossa atmosfera. Existem casos em que eles também podem ser fruto de meteoros perseidas, que são rochas espaciais que já passaram pela Terra e deixaram fragmentos em nossa atmosfera. Estamos em um período com mais intensas chuvas de meteoros e, consequentemente, seu registro é mais comum”, explicou.
Essa não é a primeira vez que fenômenos como esse são vistos em Patos de Minas. No entanto, isso não significa que a região seja mais propícia à queda de meteoros.
“Não existem locais mais ou menos favoráveis à queda de meteoros. Esses registros em Patos de Minas só são possíveis graças às câmeras do Ivan e por isso parecem ser mais frequentes”, afirmou Marcelo Domingues.
Segundo astrônomos, o melhor horário para ver meteoros é 0h, pois é o momento em que a órbita da Terra favorece a visibilidade dos corpos celestes.
G1