Coordenadora do Caps de Vazante participa de reunião do Colegiado Regional de Saúde Mental em Patos de Minas
O Colegiado de Saúde Mental da Microrregiões de Saúde de João Pinheiro, Patos de Minas e São Gotardo, realizou, no dia 10 de agosto, uma reunião crucial na sede da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas para debater os avanços e desafios enfrentados na assistência psicossocial em todo o país. O encontro reuniu diversos profissionais da área da saúde mental, gestores e usuários da Rede de Atenção Psicossocial (Raps).
A primeira reunião do Colegiado Regional de Saúde Mental teve como objetivo principal avaliar as estratégias implementadas nos últimos meses e discutir diretrizes para fortalecer a oferta de serviços de saúde mental. Outro objetivo foi abordar a importância da promoção da saúde mental em meio aos desafios sociais e econômicos.
Durante a reunião, foi destacada a importância da integração entre os diversos níveis de atenção à saúde mental, desde a atenção básica até os serviços especializados. O fortalecimento da Raps, a capacitação de profissionais da saúde para lidar com questões de saúde mental e a expansão do acesso a terapias e tratamentos foram aspectos enfatizados pelos participantes. Segundo Flávia Resende, coordenadora do Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Vazante, “o diálogo entre os profissionais, usuários do Caps possibilitará abrir novas oportunidades, troca de experiências exitosas, exposição dos trabalhos”.
Outro ponto relevante abordado foi a necessidade de desconstruir estigmas associados a doenças mentais e promover a conscientização sobre a importância do autocuidado e da busca por ajuda profissional quando necessário. Nesse sentido, as estratégias de comunicação e educação em saúde foram debatidas, buscando formas eficazes de disseminar informações corretas e combater a desinformação.
Durante o evento, foram apresentados movimentos artísticos para demonstrar mais sobre os tipos de atividade trabalhadas na atenção psicossocial, como declamação de poemas pelo Grupo Slam Phatos, dança do ventre e também exposição de artesanatos confeccionados pelos usuários dos CAPS da região.
Para Keyte Lara Rosa Ribeiro da Silva, usuária do Caps de Lagoa Formosa, faz parte da equipe que confecciona as obras de arte. “No Caps, eu me sinto livre, não me sinto uma pessoa presa, que fica chorando nos cantos, me sinto feliz junto deles”, afirma Keyte.
O colegiado também discutiu a importância de políticas públicas que assegurem o direito à saúde mental, levando em consideração as diferentes realidades e vulnerabilidades da população. A inclusão de grupos historicamente marginalizados e ações voltadas para a prevenção do suicídio também fizeram parte da pauta do evento.
Por Pedro Lucas/Secretaria do Estado de Saúde
