Mulher é presa por injúria racial após ofender vizinha em Lagoa Formosa
Uma mulher de 39 anos foi presa em flagrante na noite desta quarta-feira (11) em Lagoa Formosa, pelo crime de injúria racial. Ela é acusada de chamar a vizinha de “preta do cabelo duro” durante uma discussão. A prisão foi ratificada pela autoridade policial, e a acusada preferiu permanecer em silêncio durante o depoimento na delegacia.
Segundo informações da Polícia Militar, a confusão começou quando a vítima, de 33 anos, advertiu uma criança — supostamente o filho da autora — por ter jogado duas latas de alumínio na porta de sua residência. Ao tomar conhecimento da situação, a acusada teria invadido o portão da casa da vizinha e, ao ser impedida de entrar, proferiu ofensas de cunho racial.
A vítima relatou aos policiais que as expressões utilizadas foram: “Não fala assim com meu filho, sua preta do cabelo duro”, e ainda, “Fica no seu canto, preta do cabelo duro”.
Durante a abordagem, a acusada admitiu aos militares ter dito: “Não fala assim com meu filho, sua nega do cabelo ruim”, alegando estar exaltada pela repreensão feita à criança, que tem apenas dois anos.
Diante da confirmação dos fatos e da confissão da autora, a Polícia Militar deu voz de prisão e a conduziu à delegacia de plantão da Polícia Civil em Patos de Minas para as providências cabíveis.
O crime de injúria racial está previsto no artigo 140, §3º, do Código Penal. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, trata-se de um crime inafiançável e imprescritível. A pena prevista é de reclusão de um a três anos, além de multa.
Bastante abalada, a vítima declarou à autoridade policial que “ninguém deveria sofrer preconceito por conta da cor da pele”, mas manifestou que, apesar da ofensa, não desejava tomar medidas contra a acusada.
