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Rumores sobre possível nova greve nacional de caminhoneiros causam filas em postos

Rumores sobre possível nova greve nacional de caminhoneiros causam filas em postos

Os rumores sobre uma nova greve nacional de caminhoneiros que teria início a partir dos próximos dias causaram longas filas nos postos de combustíveis na tarde deste domingo (02) em várias cidades.

Tudo começou quando na noite deste sábado (01), a UDC (União dos Caminhoneiros do Brasil), umas das entidades que reúnem transportadores no país, publicou uma nota afirmando que faria mobilização após o feriado da Independência (dia 7 de setembro), por tempo indeterminado. A notícia se espalhou pelas redes sociais e pelo WhatsApp, onde áudios e notas foram compartilhados rapidamente.

Apesar da circulação das notícias sobre a mobilização, líderes de diferentes entidades de caminhoneiros negaram uma nova paralisação da categoria. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTDA), Diumar Bueno, não há chance de paralisação entre os associados da entidade. O presidente ainda afirmou que não reconhece a UDC como uma entidade oficialmente reconhecida pela categoria, não tendo validade nem poder legal para representá-la.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) também se pronunciou e afirmou que não apoia uma nova paralisação e ainda acrescentou que não há indicativo de greve por parte dos caminhoneiros. Juntas, as duas associações reúnem 1,5 milhões de caminhoneiros. A entidade também anunciou que pretende se reunir com o governo para discutir a alta de 13% no preço do diesel, anunciada pela Petrobrás na última sexta-feira (31).

O que levou a novas reclamações?
Algumas entidades afirmam que o governo ainda não cumpriu o prometido em relação ao preço do diesel. O governo havia anunciado uma redução de R$ 0,46 por litro nas bombas de combustível, R$ 0,30 de subsídio mais R$ 0,16 de cortes de impostos. No entanto, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis ), entre a primeira semana de greve, em maio, e a última semana de agostos, a queda foi de R$ 0,41 por litro.

Os caminhoneiros também reclamam que as empresas não estariam cumprindo o frete mínimo estabelecido por Lei.



Outra queixa seria sobre a falta de fiscalização nas estradas pela Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Por que uma greve dos caminhoneiros afeta rapidamente o país?
No Brasil, cerca de 90% do transporte de passageiros e 60% de cargas é feito por rodovias, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Cerca de 400 mil caminhoneiros autônomos no país são responsáveis pelo transporte de 40% das cargas, restando 60% das cargas que ficam sob a responsabilidade de transportadoras que empregam 100 mil caminhoneiros.



Paralisações neste setor acabam por afetar todo o processo de produção e escoamento de produtos no país, gerando desabastecimento em diversos setores, inclusive de combustíveis. A escassez, por sua vez, acarreta na alta do preços de diferentes produtos, elevando a inflação e gerando diversos problemas.



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