“Um certo dia ele falou para nós que alguém iria traí-lo e que alguém de nós iria morrer”, contou a vítima. Logo após, o homem teria determinado que mulheres teriam que participar dos cultos apenas de sutiã e saia. No ritual seguinte, ele teria ordenado para as mulheres a ficarem sem sutiã e sem saia. A vítima disse que tinha medo de que algo pudesse ser feito contra ela, por não se sentir à vontade de ficar sem o sutiã junto com as outras pessoas. Diante disso, ela saiu do quimbanda, mas continuou com as atividades na umbanda.
Segundo a vítima, logo após sua saída, Alex sempre entrava em contato pedindo para ela retornar, apresentando justificativas espirituais. Mesmo após ter saído do quimbanda, ela aceitou participar de uma “consagração” de um membro.
Durante o ritual, ela se deitou vestida apenas de sutiã e saia e foi colocado o facão em cima de seu corpo, apontado para sua parte intima. A vítima contou que, em determinado momento, sentiu que Alex encostou em sua parte íntima. Logo após, a vítima saiu do local desesperada e decidiu nunca mais participar do quimbanda.
Segundo a jovem, quando decidiu deixar em definitivo o terreiro, cerca de outros 30 membros também deixaram. A vítima disse que ouviu por diversas vezes o homem tendo relações sexuais com uma adolescente, de 16 anos.
No final da entrevista, a vítima pediu para que as mulheres denunciem qualquer forma de abuso, que não se calem, e que a justiça seja feita. Ela contou que pelo menos 30 mulheres foram vítimas dos abusos.