Papa Francisco tem crise respiratória isolada, mas segue em tratamento, diz Vaticano

O papa Francisco, de 88 anos, enfrentou uma crise respiratória isolada nesta sexta-feira (28), enquanto segue internado no Hospital Gemelli, em Roma. O episódio representa um revés em sua recuperação, já que o pontífice está em tratamento contra uma pneumonia dupla há duas semanas.
De acordo com o Vaticano, Francisco sofreu broncoespasmo, vômito com aspiração e uma piora repentina da condição respiratória, sendo submetido à ventilação mecânica não invasiva. Apesar disso, permaneceu alerta e bem orientado, dando continuidade ao tratamento.
Nos últimos três dias, os boletins médicos indicavam uma leve melhora no quadro do pontífice, que enfrenta uma infecção considerada “complexa”, causada por múltiplos micro-organismos. Uma fonte do Vaticano, sob anonimato, afirmou que o problema respiratório não se prolongou e que os médicos avaliarão, nas próximas 24 a 48 horas, os impactos do episódio na recuperação do papa.
Diante da situação, o Vaticano confirmou que Francisco não liderará a cerimônia da Quarta-feira de Cinzas, marcada para 5 de março. A celebração, que marca o início da Quaresma, será conduzida por um representante sênior da Igreja.
Mesmo hospitalizado, Francisco mantém suas atividades à frente do Vaticano, despachando documentos e nomeações. Nesta sexta-feira, uma carta assinada por ele foi divulgada, acompanhada da mensagem: “Enviada do hospital Gemelli”.
O cardeal Michael Czerny, chefe do escritório de desenvolvimento do Vaticano, afirmou ao jornal italiano La Stampa que Francisco segue em recuperação, embora “mais lentamente do que gostaríamos”.

O papa já enfrentou diversos problemas de saúde nos últimos anos. Como resultado de uma pleurisia na juventude, teve parte de um pulmão removido, tornando-se mais vulnerável a infecções pulmonares. A pneumonia dupla, seu atual diagnóstico, é uma condição grave que pode inflamar e causar cicatrizes nos pulmões, dificultando a respiração.