Homem condenado a mais de 25 anos por decapitar professora e incinerar o corpo
Réu teve um relacionamento com a vítima
O Tribunal do Júri de Patos de Minas se reuniu nesta quinta-feira (22) para julgar Donizete Rodrigues, acusado de assassinar brutalmente a professora Bruna Emanuela Guimarães em 29 de setembro de 2023, em São Gonçalo do Abaeté. O crime chocante envolveu a decapitação, a queima do corpo e a amputação da perna direita da vítima, que mantinha um relacionamento com o réu.
Na ocasião, o corpo de Bruna foi encontrado próximo à BR-040, dois dias após ela ter deixado sua residência em Três Marias. Imagens de câmeras de segurança capturaram um veículo com placa de Catalão/GO, o que levou os familiares a suspeitarem de um relacionamento mal resolvido da vítima com alguém do estado de Goiás. As investigações subsequentes apontaram para Donizete.
O acusado foi localizado em Catalão e confessou o crime. Ele revelou à polícia que utilizou um canivete e uma machadinha para cometer o assassinato e a decapitação. O crânio da vítima foi encontrado a alguns quilômetros do local onde o corpo estava, evidenciando a crueldade com que Donizete tirou a vida de Bruna.
Após as discussões entre acusação e defesa, os jurados reconheceram a totalidade dos crimes descritos na denúncia do Ministério Público. Donizete foi condenado por feminicídio com quatro qualificadoras, além de ocultação de cadáver. O juiz responsável pelo julgamento fixou a pena em 25 anos e 4 meses de reclusão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado.
O promotor de Justiça, Lucas Romão, afirmou que a denúncia foi plenamente acatada pelos jurados, o que dispensa qualquer recurso. No mês dedicado ao combate à violência contra a mulher, ele ressaltou que a pena severa imposta demonstra a intolerância da sociedade de Patos de Minas ao feminicídio.
Por Farley Rocha/Patos Hoje