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Enfermeiros aderem à paralisação nacional em Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas

Enfermeiros aderem à paralisação nacional em Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas

Manifestantes protestam contra a suspensão do piso salarial da categoria e por melhores condições de trabalho.

Enfermeiros e profissionais da saúde protestaram por melhores salários e condições de trabalho para a categoria em Uberlândia, Uberaba e Patos de Minas nesta quarta-feira (21). Parte dos manifestantes aderiu à paralisação nacional da enfermagem promovida após a suspensão do piso salarial da classe. Confira a situação de cada cidade:

Uberlândia

Servidores das áreas de enfermagem e administração ligados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela gestão do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), se reuniram na porta da unidade.

Além de protestar contra a suspensão do piso salarial, os manifestantes pediram o aumento de salário e do vale-alimentação. Segundo os servidores, o hospital funciona com 30% dos colaboradores nesta quarta.

Em nota, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) informou que, nesta quarta-feira (21), há uma paralisação dos empregados que têm vínculo com a Ebserh como parte das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Até o momento, precisaram ser reagendadas algumas cirurgias eletivas, exames e consultas ambulatoriais. Além disso, a manutenção das internações e da chegada de novos pacientes também foi afetada.

A prioridade é para atendimentos de urgência e emergência. A empresa também trabalha para readequar as escalas para manter os serviços em funcionamento.



Patos de Minas

Na cidade do Alto Paranaíba, os manifestantes se reuniram na Rua Major Gote, uma das mais movimentadas da cidade. Os enfermeiros levaram cartazes e balões até o cruzamento com a Rua Olegário Maciel.

Enfermeiros protestam em Patos de Minas — Foto: Redes Sociais

Enfermeiros protestam em Patos de Minas — Foto: Redes Sociais

Em nota, a direção do Hospital Regional Antônio Dias confirmou que os servidores da enfermagem aderiram à paralisação nacional. Com isso, o serviço na unidade vai funcionar parcialmente, com 50% dos trabalhadores, até 7h de quinta-feira (22).



Assim, serão priorizados os atendimentos de urgência e emergência. Ainda conforme a direção, a situação foi repassada à Secretaria Municipal de Saúde, à coordenação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ao Corpo de Bombeiros e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Uberaba

Em Uberaba, foi registrado um ato na porta do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM). Segundo o assistente administrativo Fernando Alves dos Santos, mais de 100 trabalhadores participaram do protesto.



Manifestantes se reuniram na porta do HC-UFTM em Uberaba — Foto: Maria Augusta/Arquivo

Manifestantes se reuniram na porta do HC-UFTM em Uberaba — Foto: Maria Augusta/Arquivo

Conforme o relato de Fernando ao g1, os trabalhadores chegaram a procurar a gestão do hospital para organizar uma escala de trabalho e não prejudicar o atendimento durante a paralisação, mas, segundo ele, “não houve diálogo”.

g1 procurou a Secretaria Municipal de Saúde e a administração do HC-UFTM para saber qual a situação do atendimento e aguarda retorno.



Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais e Casas de Saúde (Sindisaúde), outra manifestação está prevista para o período da tarde.

Impasse

No dia 4 de setembro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e que cria o piso salarial da enfermagem.

A decisão vale até que sejam analisados dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso.



O prazo para que essas informações sejam enviadas ao STF é de 60 dias.

Barroso é relator uma ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que defende que o piso é insustentável.

Diante dos dados já apresentados na ação, o ministro avaliou que há risco concreto de piora na prestação do serviço de saúde, principalmente nos hospitais públicos, Santas Casas e hospitais ligados ao SUS.



O piso

O piso seria pago pela primeira vez no dia 5 de setembro e foi fixado em R$ 4.750, para os setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

G1



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